terça-feira, 19 de julho de 2011

o que fazer com a sogra?

Nesse último fim de semana aconteceu um retiro do grupo de jovens que participo. Então eu e o Rodrigo fomos trabalhar e dormir lá. Aí já viu, tem que montar um esquema pra Lorena. O plano era: sexta a minha mãe pega ela na creche e ela dorme por lá, sábado cedo eu busco da casa da minha mãe e ela passa o dia com a gene na igreja e a noite o Rodrigo leva na sogra pra gente buscar domingo de tarde.
E assim começou a ser feito. Dormiu na minha mãe. Ficou o sábado todo com a gente, bricou, pulou, comeu, fez bagunça, dançou, aproveitou o que podia e não deu nenhum trabalho. Quando era umas 18h a gente resolveu ir pra casa tomar banho e dar banho nela pra descer na casa da mãe dele. Mas chegando em casa a Lorena tava caída de sono, então deixei dormir e depois a sogra dava um banho. Deixamos ela lá ainda dormindo e voltamos pra igreja. 

Dormi. Acordei no outro dia, fomos à missa e na saída o marido solta:
- Vou ligar pra minha mãe pra saber se a Lorena melhorou.
Pausa pra minha cara de "COMO ASSIM? ELA NÃO TAVA BEM E VOCÊ NÃO ME DISSE NADA".
Despausa para os gritos que rolaram a seguir.
Ele falou com a mãe dele e disse que a Lorena estava bem. Quem tinha só vomitado uma vez umas sete horas da noite e que não era nada.
Tudo bem, segui o dia, afinal devia ter sido misturança e brincadeiras demais. 

Quando a gente foi buscar ela vem a hora que eu tive vontade de voar no pescoço do meu marido e da mãe dele. Do marido porque não me disse que ela tinha vomitado 2x e tava super desanimadinha. E da sogra porque:
1- a Lorena chegou lá com um pouquinho (beem pouquinho) de tosse e ela resolveu dar xarope, carbocisteína 3x.
2- a Lorena começou reclamar de dor de barriga e ela resolveu dar dipirona (dipirona pra dor de barriga?)
3- a Lorena vomitou e ela resolveu ligar na farmácia (veja bem que eu, mãe da criança em questão, estou terminando o curso de farmácia) e falar com o atendente (é atendente mesmo, não o farmacêutico) que indicou plasil e mais dipirona de 4 em 4h.
4- a mãe do meu marido resolveu dar chá pra minha filha que tava com dor de barriga, chá de canela.
5- como a Lorena não queria comer nada ela resolveu oferecer (que bom que minha filha não comeu) salgadinho, todynho, suspiro, chicletes e toda espécie de porcaria "pra ver se ela comia alguma coisinha"
6- como a Lorena vomitou mais de uma vez ela tava quase resolvendo ligar pra minha mãe pra levar ela no hospital.

Pense que depois de tudo isso quase que eu caí dura no chão e quem iria precisar de médico era eu. Fechei a cara na hora, peguei minha filha e corri pra casa.

Eu não medico a Lorena pra quase NADA. Ela chega fácil a fazer 40 graus de febre e não toma NADA. É colo, banho, compressa, comida decente, carinho e muito amor. E as coisas lá em casa melhoram assim. Nem alopatia e nem homeopatia. Nada. Eu conheço os riscos e benefícios dos medicamentos e foi uma opção que fiz. Lógico que tem um limite a hora em que identifico um ponto crítico ou desconheço determinado sintoma ou reação do organismo dela procuro o médico e se for, realmente, necessário ela toma remédio sim. Mas não era o caso do fim de semana.

Juro que a minha sogra é um amor mas é do tipo que confia no balconista da farmácia. Nunca me liga antes de dar qualquer coisa pra Lorena tomar porque acha que eu sou louca de não fazer. Em uma vez que a Lorena ficou com gripe e eu cuidei dela do meu jeito ela chegou a dizer pro Rodrigo que era pra levar ela pro hospital porque "Deus me livre de perder a Lorena, eu amo ela", e eu, mãe, não??? Não sei como falar com ela. Ela se dói por qualquer coisa, já teve vez de ligar pro Rodrigo chorando porque não gostou de um comentário que fiz pra ela que foi sem maldade nenhuma da minha parte. Não quero causar um mal estar, sabe? Mas assim não dá. A mãe sou eu e as coisas vão ter que ser da forma que EU decidir. Alguém sabe como fazer isso sem ser a chata e não magoar?

pronto, desabafei

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