quinta-feira, 14 de julho de 2011

da quase gravidez

Então que no último mês passamos, lá em casa, pelo primeiro sustão de uma 'suposta' gravidez. Eu, por vários motivos resolvi abandonar o anticoncepcional, nenhum deles envolve vontade de engravidar agora. não quero de jeito nenhum. Então decidimos pelo método de Billings (vale um post futuro). Que fique beem claro: o método não falha, quem falha somos nós. Eu e o Rodrigo demos uma escapadinha durante o mês e eu tinha cer-te-za que tinha engravidado. Uns dez dias depois da escapadinha eu tive um pequeno sangramento marrom que não foi nem de longe menstruação. Nidação? Aí pensei em esperar até o dia 04 desse mês, se ela não viesse, era bebê. Nesse meio tempo a cabeça pirou. Porque, como eu disse, não queremos outro filho agora. E eu comecei a sentir to-dos os sintomas. E até começamos a nos acostumar com a ideia e fazer planos. Pasmem: eu já chamava a barriga de baby2. lokassa. Dia 04 chegou. Nada de menstruação. Fui cedinho pro laboratório pra fazer exame de sangue. Isso já faziam 5 dias de atraso. Meu Deus, que agonia pela espera do resultado. Colhi sangue 9h da manhã, a moça disse que levaria de três a seis horas pra ficar pronto. 11:58 eu já estava entrando no site. Resultado: NEGATIVO. Então eu desencanei. Logo, logo a natureza agiria. Maas a natureza não agiu e a menstruação continuou atrasada. 6, 7, 8... 14 dias de atraso. Disse pra mim mesma que amanhã dia 15 faria outro exame. Porém não foi necessário pois a vida voltou ao normal ontem. Viva!!! Mas eu sofri. Sofri primeiro porque não queria. Depois porque eu quis e chegava natal mas não chegava dia 04. Sofri porque foi negativo. Sofri porque tirei a ideia da cabeça mas os sintomas continuaram. Enfim, foi muito desgastante pscicologicamente. E depois de tudo isso resolvi que NÃO QUERO FILHOS PLANEJADOS. Não vou sofrer esperando um positivo que talvez demore a chegar. Quero susto mesmo. Mas já conversei com Ele e pedi que se possível deixa o susto só pra depois que terminar a faculdade. Please?

*****

Terminei essa semana de ler o livro 'NASCER SORRINDO' de Fredérick Leboyer e achei fantástico essa parte já no finalzinho:

"'A mulher sofre para dar à luz? É preciso deve ser dessa maneira.' 
Assustadora lógica a posteriori. Os 'é preciso' desse gênero significam, na verdade, que o mal, o pecado, devem pagar seu tributo através do sofrimento. E esse velho caminho conduz, diretamente, às fogueiras, inquisições e massacres de todo tipo. 
Não há pecado.
Existe apenas erro, ignorância. Nossa própria cegueira.
E nossa resignação.
O sofrimento é inútil. Mero desperdício.
Não satisfaz a nenhum deus.
O sofrimento é falta de inteligência. O parto sem dor está aí para prová-lo."

E quando o autor fala de 'parto sem dor' por favor não entendam cesária ou anestesia. Ele fala do natural e do respeito tanto para mão como para o bebê.

"O termo "Parto Sem Dor" tem várias conotações. Os métodos psicoprofiláticos desenvolvidos especialmente nos Estados Unidos propunham uma espécie de treinamento às gestantes, baseado em técnicas respiratórias, de relaxamento, de concentração, entre outras. A ideia geral é que uma mulher bem preparada para o parto e bem acompanhada durante todo o processo terá muito menos dor do que uma mulher assustada e tensa. A ideia faz sentido, mas convém lembrar que a dor do parto continua existindo, agora SEM O SOFRIMENTO causado por medo e tensão. Os métodos mais conhecidos são Bradley, Lamaze e Hipnobirth. No Brasil "Parto Sem Dor" é comumente confundido com parto sob anestesia. Obviamente a anestesia bloqueia a dor, mas também diminui as sensações das pernas e do assoalho pélvico. Essas sensações são responsáveis pela força que a mulher faz na hora de "empurrar" o bebê para fora. Portanto, embora haja o bloqueio a dor, alguns efeitos indesejáveis como a perda do controle sobre o processo do parto, entre outros, podem ocorrer. [...] Atualmente um novo termo tem sido utilizado: "Parto Humanizado". Como não houve uma formal definição do termo, ele é usado em todo tipo de circunstância.[...] No mundo inteiro, no entanto, o que está se discutindo é: "o atendimento centrado na mulher". Isso deveria ser o correto significado de parto humanizado. Se a mulher vai escolher dar à luz de cócoras ou na água, quanto tempo ela vai querer ficar com o bebê no colo após seu nascimento, quem vai estar em sua companhia, se ela vai querer se alimentar e beber líquidos, todas essas decisões deverão ser tomadas por ela, protagonista de seu próprio parto e dona de seu corpo. São as decisões informadas e baseadas em evidências científicas. Enquanto nós mulheres não reivindicarmos nossos direitos, enquanto as decisões couberem aos profissionais prestadores de serviços médicos, aos hospitais que elas escolheram, à diretoria que cria as condições de atendimento, enfim, enquanto deixarmos que os outros cuidem do que é nosso, os "tipos de parto" fazem sentido. É a classificação dos partos que nos serão permitidos ou oferecidos de acordo com as necessidades, conveniências e crenças dos outros". fonte Amigas do parto

*****

E pra finalizar deixo meu beijo pra Patrícia, minha prima querida, que está de aniversário hoje!


Nenhum comentário:

Postar um comentário