quinta-feira, 26 de maio de 2011

sobre amamentação, parte 2 de 3

Então agora vem a pergunta: porque a livre demanda (LD) é importante?

E aí eu coloco aqui alguns motivos pelos quais eu com meus próximos filhos (sim, ainda quero mais dois) pretendo amamentar a hora que for.

Olha só, o bebê antes de nascer só conhece aquele lugar ali, boiar o dia todo naquela pscininha, ouvir os sons do corpo da mãe, ouvir e perceber alguns estímulos externos e só. Só isso. Todo o tempo. Aí de repente algo começa a empurrá-lo pra fora. E bem-vindo ao mundo real. E é aí que as pessoas agem como se fosse tudo muito fácil pro bebê. Novas sensações aparecem, coisas que ele não sentia antes com: frio, calor, dor, coceira, roupa apertando, fome. Assunto também que vale pra outro post é essa mania de achar que a criança vai acostumar mal com peito toda hora, colo o tempo todo, blá, blá, blá.

Tem coisas que nós mães não podemos controlar. Os medos dos nossos filhos quando chegam a esse mundo, por exemplo. Mas acredito que o que está ao nosso alcance temos que fazer. São tantas sensações novas. Mas no peito é local em que o bebê se sente seguro, desde o mormento em que nasce. E aí é isso que ele vai querer quando alguma coisa não estiver legal. Peito. Até que vai chegar o dia em que ele vai entendendo seus sentimentos e o peito de mãe não será seu único refúgio.

Ponto dois é que isso passa, como tudo na maternidade. E são momentos preciosos. Vai chegar o tempo em que, como diz algum comercial por aí, 'eles vão querer a nossa carona mas não a nossa companhia'. Por que então não aproveitar esses pouquinhos meses de dedicação exclusiva? Por que não curtir esse momento em que somos a única pessoa que pode alimentá-lo? Por que querer fugir disso?

E esses são apenas dois argumentos. Nem vou entrar aqui no mérito de que o leite materno é o alimento mais completo. É protetor. E tudo mais que se fala por aí.

Pra mim LD é uma questão de proteção. De não pular fases. De não querer uma criança independente antes do tempo.

Estar 24h à disposição de um filho por no mínimo 6 meses não tem nada de escravidão. Escravidão é ter que esquentar água toda vez que seu filho tem fome. Escravidão é ter que estar sempre com o relógio do lado pra ver a hora de dar mamá.

Livre demanda, o nome já diz é LIBERDADE!!!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

sobre amamentação, parte 1 de 3

Então que nos últimos dias o papo sobre amamentação, mamaço, livre demanda e afins rolou solto no mundo bloguístico. Li opiniões de gente a favor, gente que concorda em partes, gente totalmente contra, enfim cada um disse o que pensa e eu resolvi também colocar aqui aquilo que me cabe sobre o assunto.

Pra mim desde sempre amamentar era coisa natural. Coisa de nascer sabendo. Não existia conversa sobre isso. Era e pronto. O nenê nascia era só colocar perto do peito da mãe que ele já ia saber o que fazer. E foi assim que pensei até a hora em que coloquei a Lorena pra mamar, assim que saiu da barriga. Ela não soube como fazer e eu muito menos. Mamar em qualquer lugar também era normal, ao meu ver peito de mãe que amamenta é de visão pública. Não importa a hora, o nenê chorou é só dar o mama pra ele. Aí quando eu comecei a me aprofundar mais no assunto que eu percebi que tinha gente que achava isso feio, nojento, sexual e sei lá mais o quê que o povo fala por aí.

Como eu já disse amamentação pra mim não foi nada natural e por motivos que valem pra outro post eu amamentei apenas vinte dias. E doeu tanto mais tanto não conseguir. No começo me deu uma certa raiva das mulheres que conseguiam amamentar, não gostava de ver nem de falar sobre o assunto, na verdade era dor de cotovelo mesmo. Depois o tempo foi passando e eu comecei a querer entender o que foi que eu fiz e onde foi que eu errei. Pesquisei e li muito sobre o assunto a aí sim encontrei as respostas que eu precisava na época.

Então o primeiro ponto é que AMAMENTAÇÃO NÃO É FÁCIL, não é simples, não é só colocar o bebê na frente do peito, as vezes pode dar certo mas nem sempre. Então dito isso significa que a grávida precisa de informação.

E informação, de qualidade, também não se encontra em qualquer lugar. Tem que saber onde procurar e eu não sabia. Até o banco de leite me deu várias dicas mas sem suporte, desencontradas, me falavam coisas que não me faziam sentido, como por exemplo tirar leite primeiro pra depois pôr o bebê pra mamar. Como assim? O peito não tem que estar cheio? E aí é que eu não entendia nada.

Some tudo isso e junte à um monte de pitacos, que todo mundo tem pra dar nessa hora, pressão total, mãe perdida, o resultado só pode ser a mamadeira.

Então nesse primeiro post deixo aqui que amamentação não é fácil, não é tãão natural, não é tãão simples. Tem que saber como fazer e tá faltando muito disso hoje. Por isso que não culpo que não consegue amamentar, quem desiste ou quem resolve que não vai nem tentar.

Nos próximos vou falar sobre porque considero importante a livre demanda e sobre amamentação em público.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dia das mães

Eu gosto sim do dia das mães. E adoooro datas comemorativas em geral. E sabe que eu não entendo esse negócio de que é uma data inventada SÓ pro comércio ganhar dinheiro com isso. Lórrico que o tal do comércio lucra muito com esse dia, mas vamos combinar quem é que não gosta de presentinho? Hã? E quem não gosta de dar presente? Eu amo. Coisa mais gostosa ver aquele sorrisão de quem ta abrindo o embrulho e encontrando o presente tão esperado. Então pronto ganha eu, ganha você e vamos deixar o comércio ganhar também.

Claro que dia das mães e qualquer outra data não se resumem à isso. E nem quero que nada fique só no presente. Também é dia especial. Por exemplo, pra mim, é dia da mãe não fazer nada, quem tem que dar conta de tudo é o pai. Dia especial é assim, é acordar o papai com café na cama no dia do aniversário dele. É não ter a obrigação de fazer nada e ficar só de perna pro ar. É receber um monte de email e recado no orkut de parabéns.

E se não tem presente uma "colagem" tá ótimo.

Aliás aproveitando o post vou ter que deixar a minha reclamação por escrito que o sr Rodrigo no dia dos p
Tô exagerando ou mãe não pode ter um dia só pra ela?
ais ganhou da dona Lorena uma trabalinho da escola. E eu toda boba só esperando pra ver o que viria pra mim e pasme-se não veio NADA de NADA. Mamão não ganhou nenhuma colagem.

E ainda pra ajudar eu querendo explicar pra filha que domingo seria um dia especial pra mamãe afinal era o "dia das MÃES, das mães, entendeu Lorena?"
"Sim mãe, dia das mamães, dos papais, da Lorena."
Não minha filha, dia das mães é SÓ das mães!!!