quarta-feira, 20 de julho de 2011

o caminho do meio

Eu, detesto isso de 'caminho do meio'. Pra mim, não pode existir meio termo. Meio termo significa que tanto fez ou tanto faz. Não rola uma escolha aí. Tenho ouvido muito esse tipo de coisa ultimamente. Gente que defende os extremos, gente que acha que é do meio da banda. Vamos parar pra pensar. O que são os extremos? Quem foi que disse que tal coisa não é do meio, ou é da ponta? Extremo é um parto completamente natural? É amamentação exclusiva? É não trabalhar fora de casa? Quem foi que fez esses limites? Não existe isso. Toda escolha, na minha opinião, implica um extremo, não um meio termo. Mesmo que a sua opção foi não amamentar exclusivamente e dar mamadeira pra dormir a noite. Entende. Escolha implica em não ser o caminho do meio. Caminho do meio é não escolher pra que lado do muro cair. É andar na corda bamba. É permitir que escolham por você. Isso sim significa ser meio termo. Por exemplo: amamentar exclusivamente é bom mas se o pediatra disser que meu filho precisa de complemento eu darei. Isso é não pender pra lado nenhum. Vou fazer o que disserem pra fazer. Diferente de: amamentar exclusivamente é o ideal mas se o pediatra disser que meu filho precisa de complemento eu vou atrás de outro pediatra e de outras opiniões, quero argumentos e respostas, aí sim se realmente for necessário complemento eu darei. Entende? Tem uma grande diferença nas duas situações mesmo que as duas cheguem ao mesmo lugar. Na primeira faço porque sim, porque um 'ser superior' me disse que seria melhor. Na segunda faço porque foi assim que eu decidi baseado em informações de qualidade, entendendo bem os riscos e benefícios. Eu não quero ser café com leite. Quero ser a diferença nesse mundo. Não vou seguir pela banda do meio. Vou atrás e ao extremo. Não sei se ficou bem claro, mas ser do 'caminho do meio' me incomoda bastante e eu não quero não.

terça-feira, 19 de julho de 2011

o que fazer com a sogra?

Nesse último fim de semana aconteceu um retiro do grupo de jovens que participo. Então eu e o Rodrigo fomos trabalhar e dormir lá. Aí já viu, tem que montar um esquema pra Lorena. O plano era: sexta a minha mãe pega ela na creche e ela dorme por lá, sábado cedo eu busco da casa da minha mãe e ela passa o dia com a gene na igreja e a noite o Rodrigo leva na sogra pra gente buscar domingo de tarde.
E assim começou a ser feito. Dormiu na minha mãe. Ficou o sábado todo com a gente, bricou, pulou, comeu, fez bagunça, dançou, aproveitou o que podia e não deu nenhum trabalho. Quando era umas 18h a gente resolveu ir pra casa tomar banho e dar banho nela pra descer na casa da mãe dele. Mas chegando em casa a Lorena tava caída de sono, então deixei dormir e depois a sogra dava um banho. Deixamos ela lá ainda dormindo e voltamos pra igreja. 

Dormi. Acordei no outro dia, fomos à missa e na saída o marido solta:
- Vou ligar pra minha mãe pra saber se a Lorena melhorou.
Pausa pra minha cara de "COMO ASSIM? ELA NÃO TAVA BEM E VOCÊ NÃO ME DISSE NADA".
Despausa para os gritos que rolaram a seguir.
Ele falou com a mãe dele e disse que a Lorena estava bem. Quem tinha só vomitado uma vez umas sete horas da noite e que não era nada.
Tudo bem, segui o dia, afinal devia ter sido misturança e brincadeiras demais. 

Quando a gente foi buscar ela vem a hora que eu tive vontade de voar no pescoço do meu marido e da mãe dele. Do marido porque não me disse que ela tinha vomitado 2x e tava super desanimadinha. E da sogra porque:
1- a Lorena chegou lá com um pouquinho (beem pouquinho) de tosse e ela resolveu dar xarope, carbocisteína 3x.
2- a Lorena começou reclamar de dor de barriga e ela resolveu dar dipirona (dipirona pra dor de barriga?)
3- a Lorena vomitou e ela resolveu ligar na farmácia (veja bem que eu, mãe da criança em questão, estou terminando o curso de farmácia) e falar com o atendente (é atendente mesmo, não o farmacêutico) que indicou plasil e mais dipirona de 4 em 4h.
4- a mãe do meu marido resolveu dar chá pra minha filha que tava com dor de barriga, chá de canela.
5- como a Lorena não queria comer nada ela resolveu oferecer (que bom que minha filha não comeu) salgadinho, todynho, suspiro, chicletes e toda espécie de porcaria "pra ver se ela comia alguma coisinha"
6- como a Lorena vomitou mais de uma vez ela tava quase resolvendo ligar pra minha mãe pra levar ela no hospital.

Pense que depois de tudo isso quase que eu caí dura no chão e quem iria precisar de médico era eu. Fechei a cara na hora, peguei minha filha e corri pra casa.

Eu não medico a Lorena pra quase NADA. Ela chega fácil a fazer 40 graus de febre e não toma NADA. É colo, banho, compressa, comida decente, carinho e muito amor. E as coisas lá em casa melhoram assim. Nem alopatia e nem homeopatia. Nada. Eu conheço os riscos e benefícios dos medicamentos e foi uma opção que fiz. Lógico que tem um limite a hora em que identifico um ponto crítico ou desconheço determinado sintoma ou reação do organismo dela procuro o médico e se for, realmente, necessário ela toma remédio sim. Mas não era o caso do fim de semana.

Juro que a minha sogra é um amor mas é do tipo que confia no balconista da farmácia. Nunca me liga antes de dar qualquer coisa pra Lorena tomar porque acha que eu sou louca de não fazer. Em uma vez que a Lorena ficou com gripe e eu cuidei dela do meu jeito ela chegou a dizer pro Rodrigo que era pra levar ela pro hospital porque "Deus me livre de perder a Lorena, eu amo ela", e eu, mãe, não??? Não sei como falar com ela. Ela se dói por qualquer coisa, já teve vez de ligar pro Rodrigo chorando porque não gostou de um comentário que fiz pra ela que foi sem maldade nenhuma da minha parte. Não quero causar um mal estar, sabe? Mas assim não dá. A mãe sou eu e as coisas vão ter que ser da forma que EU decidir. Alguém sabe como fazer isso sem ser a chata e não magoar?

pronto, desabafei

quinta-feira, 14 de julho de 2011

da quase gravidez

Então que no último mês passamos, lá em casa, pelo primeiro sustão de uma 'suposta' gravidez. Eu, por vários motivos resolvi abandonar o anticoncepcional, nenhum deles envolve vontade de engravidar agora. não quero de jeito nenhum. Então decidimos pelo método de Billings (vale um post futuro). Que fique beem claro: o método não falha, quem falha somos nós. Eu e o Rodrigo demos uma escapadinha durante o mês e eu tinha cer-te-za que tinha engravidado. Uns dez dias depois da escapadinha eu tive um pequeno sangramento marrom que não foi nem de longe menstruação. Nidação? Aí pensei em esperar até o dia 04 desse mês, se ela não viesse, era bebê. Nesse meio tempo a cabeça pirou. Porque, como eu disse, não queremos outro filho agora. E eu comecei a sentir to-dos os sintomas. E até começamos a nos acostumar com a ideia e fazer planos. Pasmem: eu já chamava a barriga de baby2. lokassa. Dia 04 chegou. Nada de menstruação. Fui cedinho pro laboratório pra fazer exame de sangue. Isso já faziam 5 dias de atraso. Meu Deus, que agonia pela espera do resultado. Colhi sangue 9h da manhã, a moça disse que levaria de três a seis horas pra ficar pronto. 11:58 eu já estava entrando no site. Resultado: NEGATIVO. Então eu desencanei. Logo, logo a natureza agiria. Maas a natureza não agiu e a menstruação continuou atrasada. 6, 7, 8... 14 dias de atraso. Disse pra mim mesma que amanhã dia 15 faria outro exame. Porém não foi necessário pois a vida voltou ao normal ontem. Viva!!! Mas eu sofri. Sofri primeiro porque não queria. Depois porque eu quis e chegava natal mas não chegava dia 04. Sofri porque foi negativo. Sofri porque tirei a ideia da cabeça mas os sintomas continuaram. Enfim, foi muito desgastante pscicologicamente. E depois de tudo isso resolvi que NÃO QUERO FILHOS PLANEJADOS. Não vou sofrer esperando um positivo que talvez demore a chegar. Quero susto mesmo. Mas já conversei com Ele e pedi que se possível deixa o susto só pra depois que terminar a faculdade. Please?

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Terminei essa semana de ler o livro 'NASCER SORRINDO' de Fredérick Leboyer e achei fantástico essa parte já no finalzinho:

"'A mulher sofre para dar à luz? É preciso deve ser dessa maneira.' 
Assustadora lógica a posteriori. Os 'é preciso' desse gênero significam, na verdade, que o mal, o pecado, devem pagar seu tributo através do sofrimento. E esse velho caminho conduz, diretamente, às fogueiras, inquisições e massacres de todo tipo. 
Não há pecado.
Existe apenas erro, ignorância. Nossa própria cegueira.
E nossa resignação.
O sofrimento é inútil. Mero desperdício.
Não satisfaz a nenhum deus.
O sofrimento é falta de inteligência. O parto sem dor está aí para prová-lo."

E quando o autor fala de 'parto sem dor' por favor não entendam cesária ou anestesia. Ele fala do natural e do respeito tanto para mão como para o bebê.

"O termo "Parto Sem Dor" tem várias conotações. Os métodos psicoprofiláticos desenvolvidos especialmente nos Estados Unidos propunham uma espécie de treinamento às gestantes, baseado em técnicas respiratórias, de relaxamento, de concentração, entre outras. A ideia geral é que uma mulher bem preparada para o parto e bem acompanhada durante todo o processo terá muito menos dor do que uma mulher assustada e tensa. A ideia faz sentido, mas convém lembrar que a dor do parto continua existindo, agora SEM O SOFRIMENTO causado por medo e tensão. Os métodos mais conhecidos são Bradley, Lamaze e Hipnobirth. No Brasil "Parto Sem Dor" é comumente confundido com parto sob anestesia. Obviamente a anestesia bloqueia a dor, mas também diminui as sensações das pernas e do assoalho pélvico. Essas sensações são responsáveis pela força que a mulher faz na hora de "empurrar" o bebê para fora. Portanto, embora haja o bloqueio a dor, alguns efeitos indesejáveis como a perda do controle sobre o processo do parto, entre outros, podem ocorrer. [...] Atualmente um novo termo tem sido utilizado: "Parto Humanizado". Como não houve uma formal definição do termo, ele é usado em todo tipo de circunstância.[...] No mundo inteiro, no entanto, o que está se discutindo é: "o atendimento centrado na mulher". Isso deveria ser o correto significado de parto humanizado. Se a mulher vai escolher dar à luz de cócoras ou na água, quanto tempo ela vai querer ficar com o bebê no colo após seu nascimento, quem vai estar em sua companhia, se ela vai querer se alimentar e beber líquidos, todas essas decisões deverão ser tomadas por ela, protagonista de seu próprio parto e dona de seu corpo. São as decisões informadas e baseadas em evidências científicas. Enquanto nós mulheres não reivindicarmos nossos direitos, enquanto as decisões couberem aos profissionais prestadores de serviços médicos, aos hospitais que elas escolheram, à diretoria que cria as condições de atendimento, enfim, enquanto deixarmos que os outros cuidem do que é nosso, os "tipos de parto" fazem sentido. É a classificação dos partos que nos serão permitidos ou oferecidos de acordo com as necessidades, conveniências e crenças dos outros". fonte Amigas do parto

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E pra finalizar deixo meu beijo pra Patrícia, minha prima querida, que está de aniversário hoje!


segunda-feira, 11 de julho de 2011

da ansiedade

E aí que eu sou muuuuito ansiosa. E quando eu fico assim nada na minha vida funciona. Na verdade tenho vontade de apenas dormir pro tempo passar beeem rápido. Quando passar eu volto aqui e ponho a casa em ordem. Ok?!

beijos beijos